A Luta de um Militar Temporário das Forças Armadas Diagnosticado com Doença Degenerativa:

Direitos, Legislação e Benefícios Fiscais

Introdução

Os militares temporários desempenham um papel crucial na manutenção das Forças Armadas, dedicando-se de corpo e alma à defesa do nosso país.

Contudo, nem todos os desafios enfrentados por esses profissionais estão no campo de batalha. Para alguns, a maior luta é contra uma doença degenerativa – esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica etc. – essa condição que pode surgir durante o serviço ativo e trazer inúmeras dificuldades ao militar.

Este artigo aborda os direitos desses militares, a legislação castrense mais atualizada e, inclusive, a possibilidade de suspensão imediata do pagamento de imposto de renda.

A Realidade do Militar Temporário com Doença Degenerativa

Imagine a situação: um militar temporário, comprometido com suas funções, de repente se vê diagnosticado com uma doença degenerativa.

Esse diagnóstico não apenas impacta a sua capacidade de servir a Pátria, mas também traz consigo preocupações financeiras e emocionais, atingindo toda a sua família.

É nesse momento que se torna crucial conhecer os seus direitos e as possibilidades legais, levantadas a partir do diagnóstico dessa famigerada doença incapacitante para os atos da vida de forma geral.

Legislação Castrense Atualizada

A legislação brasileira prevê uma série de direitos para militares que enfrentam doenças graves.

No caso dos militares temporários, há a Lei nº 6.880/1980, que dispõe sobre o Estatuto dos Militares, essa norma é a referência fundamental e básica para identificar os direitos decorrentes desse agente público após ter sido diagnosticado com a doença.

De acordo com esta lei, os militares que apresentarem doenças incapacitantes durante o serviço ativo têm direito a tratamento médico integral e podem ser considerados para a reforma por incapacidade.

Além disso, a Lei nº 13.954/2019 trouxe importantes atualizações. Entre outras disposições, ela reforça a necessidade de apoio aos militares temporários, assegurando que aqueles acometidos por doenças graves recebam a devida assistência e proteção.

A questão da reforma será bastante inquietante para o militar temporário, pois além do tratamento que se iniciará imediatamente, terá que enfrentar a Administração Militar quanto aos laudos elaborados pelas Juntas de Inspeção de Saúde, os quais podem lhe ser desfavoráveis no tocante ao ato de reforma por motivo de saúde.

Assim, é muito provável ter que ajuizar ação na Justiça Federal para tutelar os seus direitos.

Suspensão do Pagamento de Imposto de Renda

Uma das preocupações financeiras mais imediatas para qualquer pessoa que enfrenta uma doença grave é o impacto no orçamento familiar. Felizmente, a legislação brasileira prevê a isenção do pagamento de imposto de renda para portadores de doenças graves, incluindo as doenças degenerativas.

Conforme a Lei nº 7.713/1988, os militares diagnosticados com doenças graves podem solicitar a suspensão do pagamento de imposto de renda sobre os seus proventos de aposentadoria, reforma ou pensão.

Portanto, a isenção do pagamento de IR pode aliviar significativamente o peso financeiro, permitindo que o militar e sua família concentrem seus esforços no tratamento e na recuperação.

Passo a Passo para Solicitar a Isenção de Imposto de Renda

  1. Obter o Laudo Médico: O primeiro passo é obter um laudo médico detalhado que comprove a doença degenerativa. Esse laudo deve ser emitido por um médico oficial das Forças Armadas, por uma Junta de Inspeção de Saúde ou um médico credenciado pelo Sistema de Saúde das Forças Armadas.
  2. Formalizar o Pedido: Com o laudo em mãos, o militar deve formalizar o pedido de isenção junto ao órgão pagador. É necessário preencher um requerimento específico e anexar toda a documentação comprobatória.
  3. Acompanhar o Processo: Após a formalização do pedido, é importante acompanhar o processo. Em alguns casos, pode ser necessário fornecer documentação adicional ou passar por uma perícia médica.

Conclusão

A vida de um militar temporário é repleta de desafios, e enfrentar uma doença degenerativa durante o serviço ativo nas Forças Armadas é um dos maiores impactos que lhe pode acometer.

No entanto, é crucial que esses profissionais saibam que não estão sozinhos e que a legislação brasileira oferece amparo. Desde o direito ao tratamento, à reforma por incapacidade física e até a isenção do imposto de renda.

Finalmente, caso essas três hipóteses não ocorram, existem mecanismos legais que visam proteger e apoiar os direitos daqueles que dedicaram suas vidas à defesa do país.

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